"Sobre o toso do meu cavalo tenho a visão de um mundo onde sou tão completa, livre e sem qualquer preconceito. Simplesmente Feliz!!!!"

Raquel Borba Pires

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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Matias Moura entrevista para o Portal MTG .

Buenas prendas e peões leitores aqui do blog. Trago hoje para vocês a entrevista de Matias Moura para o Portal do MTG. Que conta a historia de como fundou a nossa querida Radio Terra Gaúcha que tenho o orgulho de através do Blog aqui divulgar e, porque não, fazer parte de um pedaço da radio.
Parabéns Matias pelo sucesso que é a Radio Terra Gaúcha.




Matias da Silveira Moura, 25 anos, natural de Encruzilhada do Sul, cursa Comunicação Social com Habilitação em Produção de Mídia Audiovisual na UNISC, em Santa Cruz do Sul, onde mora atualmente. Embora tenha saído de Encruzilhada do Sul a mais de 7 anos, mantém uma forte ligação com suas raízes e com sua terra natal, que considera um referencial, graças ao valor de sua gente, que é profundamente ligada ao cultivo das tradições gaúchas.
Matias diz que carrega consigo boas lembranças que vivem sempre a reencontrá-lo em cada gole solitário de mate ou por entre as frestas de um final de tarde. Foi em Encruzilhada do Sul onde teve os primeiros contatos com cultura gaúcha e aprendeu a conhecer a pureza do homem do campo.
Trata-se de um jovem empreendedor que acreditou na conciliação do novo e do velho, na união da modernidade com as tradições e, no poder da comunicação. Com alma de poeta, criou a Rádio Web Terra Gaúcha, utilizando a tecnologia em prol da divulgação da cultura, usos e costumes e tradições do Rio Grande do Sul. O Portal MTG foi conhecer um pouco mais desse tradicionalista que acredita na filosofia do amor à terra.
Portal MTG - Quem é Matias Moura e sua trajetória no tradicionalismo e nativismo gaúcho?
Matias Moura - Sou uma pessoa simples que busca sempre olhar o mundo com olhos de poesia e tirar dele o que de melhor possa nos ofertar. Procuro escutar a sabedoria secular dos mais velhos que viveram em um tempo diferente deste em que estamos e com certeza carregam em si essas marcas e as mais sábias palavras para nos ofertar o conhecimento.
Quanto à trajetória nos movimentos culturais do Rio Grande do Sul, comecei em 1998 a participar do grupo de Danças Chimango da E.E.E.B Borges de Medeiros de Encruzilhada do Sul, onde fiz diversas apresentações em eventos por todo o estado, entre eles FEGAES (FESTIVAL ESTADUAL ESTUDANTIL).
Em 2002, tendo em vista o grande sonho de participar do ENART, a convite de amigos comecei a fazer parte do CTG Sinuelo da Liberdade, onde fiz grandes amizades no meio tradicionalista. Em Janeiro 2004, em virtude da busca por novas oportunidades de trabalho, vim morar com a minha família em Santa Cruz do Sul, onde participei do CTG Lanceiros de Santa Cruz e CTG Rincão da Alegria.
Em 2005 fui indicado pelo amigo poeta Sergio Sodré para fazer parte da criação da Associação Cultural Pró Rio Grande, órgão que hoje é responsável pela organização do festival nativista Manoca Do Canto Gaúcho, em Santa Cruz do Sul. Na época já era apreciador de festivais nativistas como a Ramada da Canção Nativa, a Capela da Canção Nativa, Vigília do Canto Gaúcho, Reponte da Canção, entre outros.
Sempre acompanhei esses festivais pela Rádio Rural, na parabólica, porque no rádio não conseguia sintonizar. Quando podia, escutava na TV mesmo! Lembro-me que em 2006 fui com um grupo de amigos a Cachoeira do Sul, prestigiar a 17 º Vigília do Canto Gaúcho, onde realizei a minha primeira entrevista como acadêmico com o cantor e compositor Lisandro Amaral. Ali surgia a grande vontade de me tornar radialista.
Gostaria de ressaltar a importância da ESCOLA como ponto fundamental no início do meu aprendizado ao culto das tradições gaúchas. O nosso grupo de danças Chimango, como disse no início, era composto por alunos que periodicamente participavam de palestras sobre os mais variados temas da nossa cultura, enriquecendo o saber destes jovens com conteúdo regional rio-grandense, contribuindo para uma formação cultural. Desde cedo aprendemos o valor de cultivar nossas raízes. Por isso, gostaria de pedir licença aos senhores para falar sobre Tradição na Escola, o desenvolvimento de conteúdos culturais no espaço escolar.
Não podemos apenas dar para nossas crianças “gauchinhos” e “prendinhas” para colorir na Semana Farroupilha ou uma matéria de ensino médio onde estudamos da história grega a revolução industrial e, no entanto, não conhecemos o nosso próprio mundo, nosso tão valoroso Rio Grande. Sabemos falar inglês fluentemente, mas sequer entendemos ou respeitamos o linguajar dos galpões e dicionário pampeano dos nossos pais e avós.
Fica aqui a dica para os nossos tão queridos e batalhadores educadores que, em minha opinião, deveriam ter salários de jogadores futebol pelo que fazem! Vamos trabalhar conteúdos a mais nestes currículos, promovendo palestras e encontros para discussões sobre nosso modo de viver, sobre o verdadeiro “gauchismo” sem rótulos e mitos, oportunizando que nossas crianças não cresçam achando que gaúcho é aquele que veste indumentária no dia 20 de Setembro. Elas devem saber o motivo de se comemorar essa data! Hoje podemos sim, meus senhores, iniciar uma nova revolução de conhecimento, de esclarecimento, com o mesmo sentimento dos tantos “Guerreiros” que tombaram em batalha pelos seus motivos.
Talvez a LIBERDADE, senhores!
Portal MTGO que é a radio web terra gaúcha e como surgiu?
Matias Moura – Bueno! Como citei na pergunta acima, minha vontade, talvez vocação, de me expressar no rádio nasceu a partir daquela entrevista que fiz com o cantor Lisandro Amaral, que me recebeu de cara alegre para uma conversa onde falou de sua arte. Primeiramente foi por curiosidade de saber mais sobre este cantor que tenho respeito pelo modo de ver o mundo e pela forma em que ele canta e escreve seu tempo. Alguns dias depois deste fato mostrei o material para os amigos, entre eles Rovani Morales, que na época apresentava um programa na Rádio Comunitária de Santa Cruz. Então, entre uns mates e prosa, me convidou para levar a entrevista na rádio no dia seguinte para apresentar aos ouvintes os relatos. De fato, foi o que aconteceu.
Nesse mesmo ano fui convidado pelo amigo Rovani Morales para assumir em seu lugar o programa que ia ao ar de segunda à sexta, das 18h às 19h. Batizei-o “De Campo e Alma” por entender que, no rádio, nós somos a voz e talvez alma em garganta dos homens de campo que na sua simplicidade compõem o universo rural, valorizando igualmente os gaúchos do campo e da cidade. O programa era focado nas notícias dos festivais nativistas e gauchismo. Fui apresentador deste programa por três anos, onde tive a oportunidade de fazer grandes amizades.
Nesta época surgiram dois importantes blogs para a divulgação do “gauchismo”, PULPERIA e APAISANADO, gurizada gaúcha por demais, que na minha opinião começou de fato todo este movimento de divulgação do “gauchismo” pela internet . Mas isso é assunto para outra pergunta.
Bueno, seguindo a volta do tento, como se diz, com estes meios de divulgação, no caso os blogs, foram explorados novos assuntos pela rodas de mate, entre eles triagens de festivais, lançamentos de CDs, shows, textos falando de nossos cantores e outros temas importantes para manutenção da nossa cultura. O compromisso dessa gurizada era grande, já que nem grandes jornais, nem revistas e espaços abertos em TV e rádio falavam destes assuntos - na minha opinião ainda hoje não o fazem. Junto com esse movimento dos blogs surgiram as primeiras rádios web como temática “gaúcha” e com sua programação baseada na musicalidade terrunha do Rio Grande do Sul. Em minha opinião, as duas emissoras precursoras nesse movimento foram a Rádio Tertúlia, da cidade de Piratini, e a Rádio Tarca, de Camaquã. Ambas traziam em sua programação a essência da nossa música crioula bem como a dos países que fazem fronteira com nosso estado, Uruguai e Argentina, que são a nossa maior raiz musical.
Compreendendo a importância desse trabalho de divulgação da nossa música regional. Uma semente foi plantada em meu coração através dessas manifestações que agora nos proporcionavam escutar o nosso cantar, a nossa forma tão simples de ver o mundo, traduzindo-o em melodia e palavras que muitas vezes são sufocadas pelo estrangeirismo.
Rádio Web é um espaço para divulgação de idéias, tanto que hoje temos as mais variadas programações. A Rádio Terra Gaúcha nasceu com este mesmo ideal telúrico de servir como caminho para que a música que é produzida, ou foi produzida, por nossos artistas chegue até os apreciadores deste estilo musical.
Portal MTG - Por que a opção por uma rádio online na internet e não uma rádio convencional?
Matias Moura - Simplesmente pelo fator financeiro. Uma rádio convencional possui altos custos, a sua implantação depende de diversos fatores físicos e políticos, o que dificulta muito para quem está começando e não tem o suporte técnico necessário. Já pela web o caminho é um pouco mais curto, mas não menos difícil. São muitas as responsabilidades ao assumir um projeto dess -es ou uma “emissora”, como podemos chamar. É preciso ter bem claro o seu objetivo e principalmente a consciência de que estamos lidando com algo maior, não apenas com nosso “ego”. Estamos falando para o mundo inteiro e representamos uma cultura, um tipo físico humano oriundo do sul da América do Sul, que tem seu modo de vida tão peculiar.
A figura do homem rural ligado à terra existe em toda a parte do mundo, cada povo tem seus costumes, sua história, crenças e sua tradição.
Pergunto aos senhores, quando é que a cultura de um povo é enfraquecida? Talvez seja quando o seu povo não a alimenta de maneira correta, lhe dando a força necessária para que ela não perca seu espaço para uma cultura adversa que é massificada e plantada em seu lugar. Então senhores, vamos alimentar a alma de nosso povo, respeitando e fortalecendo seu coração que ainda pulsa firme em compasso de milongas, chamamés, de cascos de cavalos, das vozes de muitos valentes que levaram o nosso ideal ao mundo inteiro. Do amor de tantos estrangeiros que fizeram pátria por este chão tornando-o sua terra porque acreditavam em seus valores. Por isso digo que não somos melhores ou piores que outros povos, apenas habitantes deste pedaço de mundo chamado Rio Grande do Sul e carregamos em nossas veias e em nossa alma o legado do tipo físico chamado de “Gaúcho”.
Ainda dá tempo meus amigos! Vamos salvar a nossa cultura!
Portal MTG – Como foi o processo de inserção da rádio no meio tradicionalista?
Matias Moura
– Bueno! A minha maior felicidade é quando recebo mensagens que vem além fronteiras. Palavras emocionadas de gaúchos que pela busca de novos rumos pegaram a estrada neste caminho dos anos chamado mundo e ouvem a rádio para matar a saudade de sua terra e manter vivo o sentimento de gauchismo. É aquela velha história: “tu pode deixar a tua terra, mas ela não te deixa nunca”.
É uma sessão maravilhosa receber estas palavras nos dias de hoje, em que a grande mídia divulga tanta coisa ruim que o homem tem feito, desde matanças cruéis a destruição de nossa grande mãe terra que está sofrendo triste e calada! Acredito que é na mais simples ação que podemos mudar essa situação, num simples abraço ou aperto de mão.
Agradeço a cada pessoa que está fazendo sua parte para que isso aconteça e gostaria de deixar a feliz frase de um amigo: “enquanto o mundo está em guerra, nós estamos fazendo cultura“.
Portal MTG Hoje o player da rádio está em quantos blogs e sites?
Matias Moura - Nessa grande “tropeada” de levar a cultura do Rio Grande mundo afora, ganhamos importantes tropeiros para tal feito. São os sites e blogs que estão rodando a programação da Rádio Terra Gaúcha em sua página, possibilitando à todas as pessoas que acessam sua página para ouvir nossas música. Hoje temos aproximadamente 45 sites e blogs como parceiros neste projeto. Mil gracias a cada um de vocês.
Portal MTG - A rádio se especializou em festivais? Fale-nos sobre isso.
Matias Moura - Estamos trabalhando fortemente na divulgação da nossa musicalidade, seja ela campeira ou urbana. A Rádio Terra Gaúcha busca valorizar está sonoridade tão nossa, que foi, e em minha opinião ainda é, tão maltratada pelos meios de comunicação do nosso estado, que deveriam dar mais espaço para que ela seja compreendida e principalmente respeitada como deve.
Quanto aos Festivais Nativistas, em minha opinião eles são os responsáveis pela manutenção da nossa arte musical e pela mudança de paradigma no modo de compor música no Rio Grande do Sul. Não estou dizendo que o que temos de melhor em produção musical veio dos festivais, mas eles tem grande importância neste processo de construção de uma imagem sonora para nossa música. Temos movimentos musicais bem antes da criação dos festivais, que são partes fundamentais nesse todo. Cito os nossos grandes Troncos Missioneiros Jayme Caetano Braum, Noel Guarany, Cénair Maicá e Pedro Ortaça, que abriram fronteiras e os caminhos para que a nossa poesia e a nossa música chegasse onde elas estão. Antes tivemos nossos cantantes, Gildo de Freitas e Teixeirinha, Zé Mendes, entre muitos outros que em seu tempo cumpriram seu papel social de cantar sua gente, em sua pura simplicidade.
Hoje nós reclamamos das músicas que estão rodando em nossas rádios, matando a nossa própria identidade musical. Esse problema não é de agora. Nosso movimento nativista, por exemplo, nasceu para suprir esse espaço que faltava já naquela época (anos 70).
O movimento musical “Ciclo dos Festivais” nasceu para ser um espaço onde os artistas produziam uma música diferenciada,. Ou seja, com conteúdo ligado à terra mas com uma nova sonoridade ou até mesmo de protesto, que tinha uma roupagem diferenciada dos cantores de seu tempo, transitando entre o regional, entre o cantar campeiro e o cantar social urbano.
Nesse ano completamos 40 anos de Festivais Nativistas. São 40 anos de produção musical de nossos artistas que surgiram, surgem, e com certeza, seguirão surgindo pelos palcos dos festivais do nosso estado. Hoje, na minha opinião e na de alguns amigos com quem converso seguidamente, nossa música está em plena transformação, como sempre esteve. O nosso cantar tem muitos elementos que nos aproxima ao terrunho, ao crioulo, pelas letras cada vez mais poéticas, criando metáforas e abordando os mais variados temas. Na parte musical está acontecendo um “acrioulamento” natural pelo rompimento das fronteiras, as ligações ancestrais dos gaúchos de três bandeiras hoje estão cada vez mais próximas, talvez pela compreensão de termos a mesa raiz.
Talvez o “Nativismo” esteja num processo de transição para o “Crioulismo” e nós da Rádio Terra Gaúcha temos plena consciência de estarmos participando disso, cumprindo nosso papel de divulgar nossa música para quem quiser ouvi-la e respeitá-la.
Portal MTGQual a programação da rádio e quem são os comunicadores?
Matias Moura - Busquei para fazer costado nesta grande tropeada pessoas que tem grande respeito pela nossa música, conhecimento e comprometimento com a cultura gaúcha.
Valdemar Mancilhas, natural de Dom Pedrito, é poeta, jornalista e estudante de Direito. Mora em Santa Cruz do Sul, onde já trabalhou como editor de jornal, radialista, apresentador de programa de TV, entre outras atividades. Apresenta aos sábados, das 14h às 16h, Cevando o Mate, programa dedicado a um cantar antigo, trazendo nossa poesia e informações de eventos culturais.
Braulo Brasil é compositor, natural de Encruzilhada do Sul, onde conheceu a nossa música. Muitas vezes participou do primeiro programa de Rádio dedicado ao gauchismo do Rio Grande do Sul, “GRANDE RODEIO CORINGA”. Além de ser compositor e cantor junto com o conjunto de Fandango “Os Campeiristos”, atuou em bailes em CTGs dos três estados do sul do Brasil. Ouça todas as quartas, das 16 hàs 18h, o programa Na Hora do Mate, com Braulo Brasil.
Cassio Fruett, natural de Tupaciretã no Rio Grande do Sul, gaúcho de marca maior, cantor e guitarreiro, veio somar ao projeto com seu apego pelas coisas do sul. Cassio é formado no curso de Produção em Mídia Audiovisual pela UNISC, onde atualmente trabalha. Apresenta nas segundas, quartas e quintas-feiras o programa Terra Pátria e Sapucay, das 19h às 21h.
Juliano Javoski é outro nome que veio para somar em nosso projeto. Cantor, compositor e pesquisador, atua no cenário musical do Rio Grande há mais de 25 anos. Participante de quase todos os festivais do estado, é pesquisador da musicalidade dos países que compõem a América do Sul. Hoje trabalha com o resgate Chamamés Argentinos junto com o Grupo Che Alma Guarany, onde realiza diversas apresentações pelo estado, além de Argentina e Uruguai. Javoski empresta um pouco de seu conhecimento para o programa Pelos Fogões da Pátria Grande em dois horários de segunda à sexta-feira, das 12h às 13h e das 18h às 19h.
Pela manhã de segunda à sexta, das 8h às 12h, eu, Matias Moura, apresento o programa De Campo e Alma. Busco trazer aos ouvintes a musicalidade dos festivais nativistas, notícias relacionadas a estes eventos, como triagens, resultados etc.
A RÁDIO TERRA GAÚCHA fica 24 horas no ar. Sua programação varia desde programas de cunho nativista (festivais e cantores de festivais), regionalista (músicas antigas dos nossos cantores), Folclore Latino-Americano (ritmos e estilos musicais dos países da América Latina). Possuímos um grande acervo musical com cerca de 50 mil títulos e estilos da musicalidade regional do Rio Grande do Sul e do gauchismo.
Portal MTG - Quais os números da radio?
Matias Moura - Nós estamos muito felizes pelos acessos que o projeto vem tendo. Não nos apegamos aos números por vaidade, mas sim pela quantidade de lugares que estão recebendo a nossa música. Acreditamos que estamos no caminho certo de servir de estrada para que a tropa da cultura gaúcha chegue ao seu destino, que é o coração das pessoas.
Portal MTG - Pretensões para o empreendimento?
Matias Moura - São muitas, com certeza. Hoje transformei um sonho de guri que era ficar ouvindo música o dia inteiro, onde tiro meu sustento. Com ajuda de varias pessoas que acreditam nesse projeto, e outras tantas que acham que isso (viver pela cultura) é vagabundagem, seguimos lutando por cada um que tem em si o respeito pela terra em que vive, pelo seu lugar de origem e principalmente pela sua pátria, que no nosso caso é a dos Brasileiros do Sul do Brasil, chamados de Gaúchos rio-grandenses.
Portal MTG - Na tua opinião, de que outras maneiras a comunicação digital pode contribuir para o tradicionalismo?
Matias Moura - A comunicação digital tem muito a contribuir com as culturas locais - no meu ponto de vista, não só com o tradicionalismo ou nativismo. Acredito muito nesta união de tecnologia e cultura, já que pela internet podemos viajar e conhecer novas culturas e lugares. Então vamos mostrar a nossa verdadeira identidade gaúcha para o mundo, nosso sotaque através de nossa música, nossa imagem pelas fotos e vídeos, nossa tradição pelos eventos como ENART, que hoje é levado para o mundo inteiro pela internet, festivais nativistas que mostram nosso cantar e festas populares. Nosso estado possui todas as paisagens de litoral à fronteira.
Vamos divulgar nosso estado, nosso país. Assim estamos contribuindo para que nossa cultura seja vista, ouvida, entendida e principalmente respeitada pela sua grandeza e história.
Rádio Terra Gáucha
http://www.radioterragaucha.com.br
MSN: radioterragaucha@hotmail.com
Twitter @terragaucha

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